검은 돛배/Barco Negro
Porto, Portugal
Barco Negro
Amália Rodrigues
De manhã, que medo, que me achasses feia!
Acordei, tremendo, deitada n'areia
Mas logo os teus olhos disseram que não,
E o sol penetrou no meu coração.
Vi depois, numa rocha, uma cruz,
E o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas
Dizem as velhas da praia, que não voltas:
São loucas! São loucas!
Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo, em meu redor,
Me diz qu'estás sempre comigo.
No vento que lança areia nos vidros;
Na água que canta, no fogo mortiço;
No calor do leito, nos bancos vazios;
Dentro do meu peito, estás sempre comigo.
*Amália Rodrigue s- BARCO NEGRO(검은 돛배)
Mariza at NJPAC, Oct. 16, 2016
Black [sail] boat
In the morning I feared you'd find me repulsive,
Shaking I awoke lying in the sand
But right away your eyes told me "no"!
And the sun penetrated my heart.
I then saw a cross on a rock
And your black boat dancing in the light...
I saw your arm waving among the open sails...
The old women of the beach say you will not return.
They're mad... they're mad!
I know, my love, you haven't even departed,
For everything around tells me you are always with me.
In the wind that throws sand on the windows
In the water that sings in the dying fire
In the heat of the bottom of empty ships
In my heart you are always with me
I know, my love, you haven't even departed.